O segundo dia da conferência NewSpace Africa 2024, em Luanda, sob o lema "O papel do espaço na redução da lacuna de pobreza em África", iniciou na manhã desta quarta-feira com a realização de dois painéis dedicados aos diretores de agências espaciais que compartilharam informações e iniciativas governamentais para criar um ambiente propício ao desenvolvimento de empresas espaciais em África.
Para o porta-voz da III edição da NewSpace Africa, Gilberto Gomes, o evento teve, paralelamente, vários encontros bilaterais, com destaque para o GGPEN, que interagiu com a agência espacial sul-africana e dos Estados Unidos da América. Esses encontros visaram acertar questões técnicas do ponto de vista jurídico e técnico para a execução de acordos.
O certame também incluiu um painel conduzido pelo diretor do Centro de Controlo e Emissão de Satélites, Amaro João, que interagiu com os outros operadores internacionais.
Os participantes do evento abordaram igualmente a sustentabilidade dos negócios das telecomunicações e a cooperação Estados Unidos/África. No que diz respeito às alterações climáticas, os participantes manifestaram-se disponíveis para ajudar e partilhar conhecimentos tecnológicos através da academia.
A ocasião serviu também para apresentar o projeto Lunar da China, um programa "bastante ambicioso" do país asiático.
O evento, que reúne representantes de 54 países, conta com stands de agências espaciais como NASA (Estados Unidos), ESA (Europa), SANSA (África do Sul) e KSA (Quénia), bem como da Rússia e da China.
A III edição da NewSpace Africa é o maior evento espacial do continente, organizado pela Space in África, em parceria com a União Africana e o Gabinete de Gestão do Programa Espacial Nacional (GGPEN), reunindo decisores, representantes de governos, líderes de academias e da indústria espacial africana, num ambiente que procura analisar o papel do espaço na redução do fosso da pobreza.
Fonte: FADCOM